A preocupação com a saúde e o ambiente tem transformado os hábitos de consumo, principalmente os alimentares. Segundo levantamento realizado pelo Sebrae no Rio de Janeiro, atributos como sensorialidade e prazer; saúde e bem-estar; conveniência e praticidade; qualidade e confiabilidade; sustentabilidade e ética são os principais norteadores para o setor de alimentação até 2020.
Para Lucas Pêgo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Minas Gerais, seguir essas tendências é importante para se manter no mercado de forma competitiva. “Isso não significa que o empresário terá de mudar de ramo ou fazer adaptações radicais em seu negócio. Acompanhar as tendências não significa, necessariamente, mudar o produto, mas talvez a forma de entregá-lo ao cliente”, afirma.
Em um mercado que valoriza a sustentabilidade, por exemplo, o empresário pode investir na comunicação de seus diferencias. Divulgar que os alimentos servidos naquele estabelecimento têm origem certificada e são produzidos de forma ética e responsável é uma forma de estar alinhado às tendências.
Outra possibilidade para se adaptar às mudanças do mercado é investir em tecnologias que ofereçam melhor custo-benefício. “Um equipamento mais moderno pode reduzir o tempo de preparo de um prato e também o seu custo. Isso torna a empresa mais competitiva”, completa o executivo da Abrasel em Minas Gerais.
Negócios da vez
Culinária saudável – negócios que realçam alimentos funcionais, como raízes e sementes, e oferecem um cardápio com opções para dietas vegetariana e vegana.
Rodízio de hambúrguer – negócio baseado em conveniência e praticidade, sensorialidade e prazer. As hamburguerias oferecem sanduíches com texturas e combinações inovadoras de ingredientes. O rodízio permite aos clientes experimentarem vários sabores em uma única refeição.
Restaurantes em contêineres – é um espaço de conveniência convidativo, modelo que já existe em São Paulo e começa a chegar em Minas Gerais. Algumas franquias vendem o negócio com o contêiner. Nesse modelo, o cliente tem a sensação de estar em uma praça de alimentação, só que a céu aberto. São negócios com cardápio diversificado – sanduíches, espetos, comida japonesa, porções e outras iguarias -, mas poucas opções de sabores.
E-commerce – continua firme na lista de tendências, seguindo o atributo praticidade. Os consumidores têm a opção de fazer pedidos por meio de aplicativos compartilhados ou canais remotos dos próprios estabelecimentos (aplicativos ou sites).
Food Trucks – esses empreendimentos têm se confirmado como ótima solução para eventos. A rua continua sendo um ponto interessante para os negócios sobre rodas, principalmente em locais que não contam com bares e restaurantes.
Cenário de otimismo
O setor de alimentação fechou o ano de 2016 com um faturamento de R$ 614,3 bilhões, um crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), a expectativa para 2017 é positiva, com previsão de crescimento de 0,7% a 1,5%. O Sebrae Minas tem uma programação especial de capacitação, durante o mês de abril, para quem tem uma empresa no ramo ou quer melhorar os resultados do negócio.
Fonte: https://goo.gl/t4M1Nw