Talento humano, proximidade com os grandes mercados do país e o constante diálogo entre academia, indústria e governo são os pontos fortes do ecossistema de Minas Gerais. Essa é a conclusão feita durante o CITIES, em Uberlândia, no dia 9/08.
O presidente da FIEMG, Olavo Machado Junior, ressaltou que o esforço feito pela Federação no processo de busca de novas oportunidades para a economia e indústria mineiras tem grande parte de seu foco voltado para a inovação.
“Minas Gerais já é destaque com seu ecossistema de inovação. Temos talento, mercado e parcerias entre os setores públicos e privados para fomento de ações neste sentido. Há todo um trabalho feito para que nossos empreendedores sejam capazes de desenvolver tecnologias de alto impacto que trarão grandes resultados para o estado,” comentou.
Já o superintendente de Desenvolvimento Industrial do Sistema FIEMG, Marcos Mandacaru, também comentou sobre o trabalho da entidade para posicionar o estado como um polo de economia criativa. “Somos um estado do tamanho da França, possuimos PIB igual ao da República Tcheca e contamos com a Universidade com maior número de patentes no país, a UFMG. Além disso, temos um mercado de quase 20 milhões de pessoas. O potencial apresentado para se explorar a economia criativa, startups e tecnologia é enorme,” enfatizou.
Mandacaru exemplificou programas desenvolvidos pela Federação em parceria com outros agentes mineiros como o P7 Criativo e IoT for Mining.
O P7 Criativo, projeto liderado por entidades como FIEMG, Sebrae, Apex Brasil e o Governo do Estado, por meio da Codemig e da Fundação João Pinheiro, pretende ampliar a densidade do ecossistema da economia criativa em Minas Gerais.
O antigo prédio do Banco do Estado de Minas Gerais (BEMGE) – construído em 1953, com projeto de Oscar Niemeyer, em Belo Horizonte, será restaurado e reestruturado para abrigar, em um ambiente de colaboração e empreendedorismo, empresas inovadoras e de alta intensidade tecnológica nos segmentos de design, moda, software, games e audiovisual. O P7 começa a operar em fase piloto, já este mês, tendo como uma das representantes de Uberlândia a Algar.
Já o IoT for Mining é o projeto de um centro de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (AI) para a indústria de mineração em Minas Gerais e também já está em andamento.
O projeto chefiado pela Federação tem como objetivo fomentar o uso de novas tecnologias digitais no setor de mineração visando aumento da eficiência e produtividade do setor, redução de custos, agregação de valor, além da geração de mercado para empresas e startups de base tecnológica de Minas Gerais.
As demandas do tecnológicas do setor já estão sendo mapeadas e a expectativa é que o centro entre em funcionamento durante o Exposibram deste ano e atenda três segmentos da indústria como exploração, mineração e processamento metalúrgico.
Além disso, as comunidades de startups e o novo contexto de desenvolvimento econômico e social trazido por esse tipo de empresa foi um dos pontos abordados pelo gestor do FIEMG Lab, Fábio Veras. Segundo ele, as novas gerações enfrentam o desafio de ter que lidar com muito mais competitividade no mercado de trabalho, uma vez que as formações de nível superior já não garantem segurança no mercado para os jovens.
“É preciso formas de empoderar a juventude para que ela tome consciência de que pessoas comuns também fazem coisas incríveis. Daí, a importância do esforço de viabilizar uma educação que seja inclusiva e que estimule a criação de valor pelo empreendedorismo e estamos vendo isso acontecer no estado, seja por meio de programas de aceleração de startups como o FIEMG Lab e Seed, ou programas de capacitação e fomento, além da participação da academia nesse processo,” analisou.
O subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado, Leonardo Dias, apontou que o alinhamento de instituições como o próprio Estado, FIEMG, Sebrae e empresas privadas, têm incentivado o crescimento do ecossistema de inovação de Minas Gerais.
Para Dias, a pauta de inovação tem merecido destaque na gestão pública, pois além de ser estratégica, ajudará Minas a resolver um entrave para o seu desenvolvimento que é a dependência econômica da mineração. “Nosso estado é a 3ª economia do país, mas se retirarmos a mineração dessa conta, o estado cai consideravelmente. Por isso, nosso intuito é pavimentar o caminho para a economia criativa e empreendedorismo,” concluiu.
Fonte: https://goo.gl/gjfZVZ