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O impacto da nova economia nos pequenos negócios

Na nova economia, a palavra de ordem é a disruptura, ou seja, a reconstrução de um pensamento. Sob a nova ótica, ser rico não significa ter dinheiro, mas impactar muitas pessoas. A força do concorrente não está na sua condição econômica, mas na criatividade.

Para Paco Torras, a inovação disruptiva está relacionada aos “novos negócios suportados pela tecnologia (internet, nuvem, smartphones, apps) que criam ou atualizam relações de trabalho, comerciais, econômicas, sociais e, consequentemente, uma nova sociedade tendo o indivíduo em seu centro. ”

Quando uma empresa lança uma tecnologia mais barata, acessível e eficiente, mirando margens de lucros menores, cria uma revolução. Algumas características das inovações disruptivas são: margens de lucro menores, mercados-alvo menores e produtos e serviços mais simples, que não parecem tão atrativos quanto as soluções existentes, quando comparados com métricas de performance tradicionais.

Novos tipos de negócios

Segundo Adriano Silva, do Projeto Draft, a nova economia é composta por quatro tipos de negócios:

  • Criativos – possuem o dom, a arte, a grande ideia disruptiva. Invariavelmente entregam bens intangíveis e ganham dinheiro com o que gostam.
  • Sociais ou de impacto – são focados no impacto que geram na sociedade e não no faturamento. Utilizam a boa gestão como engrenagem para impactar positivamente o próximo.
  • Escaláveis – não são movidos pelo brilho criativo, nem pelo impacto positivo. Querem criar um negócio que possa ser rapidamente escalável e vendido para materializar o lucro.
  • Inovadores corporativos – são os empreendedores com crachá, empregados que empreendem com o dinheiro dos acionistas. São solitários, pois os empreendedores da nova economia não os reconhecem, mas são muito importantes para as organizações porque não se contentam em ficar replicando modelos que deram certo.

Prepare-se para a nova economia

  • Aprenda a viver ciclos mais curtos. Os negócios bem-sucedidos durarão de três a cinco anos. Quem quiser viver mais terá que se reinventar.
  • Aceite uma nova relação das pessoas com o trabalho. Dê oportunidade para que elas possam pensar em novos projetos e não apenas executar tarefas.
  • Reconheça que o consumidor está mudando e o compartilhamento de produtos e serviços é a nova tendência.
  • Aprenda que ideias só são boas quando executadas. Converse, exponha o que pretende, ouça opiniões, crie, teste e execute com rapidez, não com perfeição.
  • Acredite que sempre será possível fazer algo mais rápido e barato, pois nada está definitivamente pronto.
  • Reconheça que o executivo ou o empreendedor não sabem de tudo. Eles são apenas condutores de um processo.
  • Olhe para o erro como uma oportunidade de consolidar o aprendizado.
  • Identifique a verdadeira função do dinheiro: ajudar a chegar ao objetivo e não o objetivo.
  • Comece um processo de desconstrução. Mesmo que tenha sucesso nos negócios, amanhã estará obsoleto.

O fator fundamental da nova economia é o consumidor e o impacto que os produtos e serviços podem causar. Uma das áreas mais afetadas é a comunicação e, por consequência, o marketing. A forma como interagimos com outras pessoas e com as demais organizações está em constante evolução.

O desafio das empresas é a criação e manutenção de marcas que se adaptem às frequentes mudanças no negócio, sem perderem sua essência. Marcas com alma, propósito,  autenticidade e compromisso com soluções maiores para consumidores exigentes.

Precisamos substituir o “o quê?” pelo “por quê?”. O mercado pelo propósito. Os empregados por missionários. Os consumidores por embaixadores. A lealdade pela paixão e a liderança tradicional pela aspiracional.

Alessandra Ribeiro Simões
Analista do Sebrae Minas

 

Fonte:  https://goo.gl/HVbCTK