Como vai ser a confecção do futuro? Foi a pergunta que o gerente de Educação do SENAI Cetiqt/RJ, Robson Wanka, respondeu na palestra que ministrou, em 29 de agosto, na sede da FIEMG, em Belo Horizonte. Promovido pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Minas Gerais (Sindivest), o evento reuniu representantes do segmento para conhecer como a indústria 4.0 está chegando ao setor. O diretor do SENAI Modatec, Jorge Peixoto, recebeu os participantes. “Vamos falar desse novo momento da indústria e mostrar o que fazer para sermos mais competitivos. Quero ainda agradecer ao Sindivest pelo apoio a esse evento”, disse.
Wanka adiantou vai montar uma planta piloto de uma confecção 4.0 na 33ª edição da World Fashion Convention. Trata-se de um dos maiores eventos mundiais do setor, que será realizado em outubro, no Rio de Janeiro. Lá serão fabricados, sob demanda, bermudas e calças legging. O cliente poderá escolher tamanho, cor e padronagem do tecido. A ideia, adianta Wanka, é mostrar como na nova confecção tudo e todos estarão conectados para que o consumidor tenha um produto único. “Nossa planta piloto nasceu com base nos produtos que faremos. Será bem didática para mostrar como pode ser benéfica à sociedade”, disse.
O conceito de confecção 4.0 surgiu há 10 anos na Alemanha, que estava perdendo mercado para a China no setor têxtil. O governo criou um projeto para colocar novamente o país à frente da produção industrial do segmento. Decidiram investir em confecção digital e conectividade para criar uma manufatura avançada. Tudo conectado: consumidor, máquina, operadores, produto, administração. “A manufatura é acionada após o pagamento do cliente. Ou seja, o estoque é zero. É a customização em massa com alta qualidade”, disse.
Fonte: https://goo.gl/oT8c7L